Contaminação no diesel? Qual a quantidade “aceitável”?

Qual a quantidade “aceitável” de contaminação no diesel?

O óleo diesel é um combustível essencial, utilizado em veículos de grande porte, máquinas industriais, agrícolas e em geradores de energia elétrica. Após seu período de uso recomendado, o óleo diesel é parcialmente deteriorado. Essa degradação resulta na formação de compostos oxigenados, acúmulo de metais de desgaste, de aditivos, além de outros contaminantes comuns, como a água, a poeira, dentre outras substâncias.

Portanto, é preciso acompanhamento e manutenção constantes para se evitar a contaminação do óleo diesel e os problemas que isso causa. Com o devido controle, podemos reduzir custos de manutenção, aumentando a vida útil dos equipamentos. Discutiremos no post de hoje como determinar os teores admissíveis de metais e outras substâncias responsáveis pela contaminação do óleo diesel.

 Contaminação no diesel? Qual a quantidade "aceitável"?

 

 

É um dos principais problemas desse tipo de sistema, representando uma das falhas mais comuns da indústria.

Segundo especialistas POC Filtros, as três origens mais comuns de contaminantes são a água, as micropartículas suspensas e o uso indevido de combustível misturado.

A presença dessas substâncias traz diversos prejuízos, conforme podemos observar na lista a seguir:

  • Prejudica a combustão do diesel.
  • Acelera a saturação dos filtros.
  • Pode acarretar danos em todo o sistema de combustível.
  • Acelera o processo de deterioração do óleo.
  • Favorece o desenvolvimento de colônias de bactérias.
  • Causa erosão precoce das peças.
  • Desregula o motor.
  • Reduz a potência.
  • Exige maiores taxas de consumo.

Logo, realizar acompanhamento e controle de qualidade efetivo do óleo diesel é essencial para a manutenção do bom estado e desempenho de todo o sistema. Para isso, é muito importante a adoção de parâmetros de avaliação para que se determinem os limites toleráveis de metais e outros contaminantes do óleo.

Avaliando a contaminação do óleo

Primeiramente, monitorar e acompanhar a tendência de aumento da quantidade de metais e outros contaminantes é até mais importante do que uma medida em si. Portanto, é necessário observar e comparar com outros resultados avaliados anteriormente.

Os valores podem ter como parâmetro um óleo diesel em estado novo e ainda sem uso, mas os fabricantes dos equipamentos e do óleo também devem ser consultados objetivando determinar com exatidão os limites ideais de cada sistema. Por meio de análises físico-químicas, é possível avaliar quatro diferentes e importantes aspectos: a água, o TAN, o TBN e a viscosidade. Todos esses encontram-se mais detalhados a seguir.

Água
Sua presença no óleo impede a ação dos aditivos e gera oxidação. Confira abaixo seus limites toleráveis e as respectivas recomendações, lembrando que depende da quantidade de óleo:
  • 150 ppm a 400 ppm: É necessária a verificação das vedações, dos respiradouros e de outras possíveis portas de entrada de contaminantes, assim como muita atenção em relação à tendência das amostragens futuras.
  • 400 ppm a 800 ppm: Deve-se averiguar e corrigir a fonte de contaminação por água com urgência, além de adotar um programa para controle e descarte eficientes.
  • Maior que 800 ppm: Riscos de danos graves no equipamento, sendo exigida intervenção imediata para a eliminação da água.
Viscosidade

Tal característica mede a resistência do fluxo de escoamento do fluido. Veja a seguir os seus limites admissíveis:

– Variação de viscosidade maior que 10% em relação ao óleo novo: Sugere a presença de uma anormalidade ou mais na amostra, sendo necessário monitoramento constante a fim de apurar o seu crescimento.

– Variação de viscosidade maior que 20% em relação ao óleo novo: Risco de prejuízos e graves problemas iminentes, sendo exigida intervenção com urgência.

  • TAN

O número TAN indica a quantidade de ácidos presentes no óleo diesel. Se a quantidade apurada for maior que a do óleo novo, é provável a ocorrência de oxidação e outros tipos de contaminação. Se os resultados apontarem para um número maior do que 2, sugere-se a oxidação do óleo usado.

  • TBN

Esse valor aponta para a medida de alcalinidade do óleo, ou seja, sua capacidade para neutralizar ácidos. Quando seu resultado indica redução de 50% em relação ao valor de referência do óleo novo, pode haver presença de uma anormalidade ou mais, exigindo acompanhamento mais atento.

Limites admissíveis de quantidade de metais

Como visto anteriormente, visando a melhor interpretação possível dos resultados, é preciso analisá-los ao longo do tempo, de forma a avaliar sua tendência de crescimento. Os valores descritos abaixo se referem a alguns dos principais metais responsáveis pela contaminação do óleo diesel e seus limites.

Vale ressaltar que tais parâmetros são baseados em experiências práticas; também é necessário consultar os fabricantes dos equipamentos e do óleo, buscando determinar com exatidão os limites ideais de cada sistema. Confira a tabela a seguir:

Alumínio (Al) 30 ppm
Chumbo (Pb) 100 ppm
Cobre (Cu) 50 ppm
Cromo (Cr) 30 ppm
Ferro (Fe) 200 ppm
Silício (Si) 30 ppm
Evite e monitore a contaminação do óleo

Todos esses aspectos e parâmetros apontam para a importância de metodologias de avaliação e monitoramento constantes pelo bom estado de equipamentos e sistemas. Nesse sentido, ganha especial destaque o uso de procedimentos como a filtragem e a microfiltragem de óleo. Essas técnicas atuam no controle e na eliminação de agentes contaminantes, evitando a contaminação do óleo. Outra super dica é a manutenção preditiva que ajuda a saber o nível de contaminação presente no óleo, antes de surgirem problemas.

Tais metodologias podem ser adotadas até mesmo em óleo novo, que já pode vir contaminado de fábrica. Assim, você pode identificar e corrigir problemas de maneira mais rápida e assertiva, reduzindo custos e a necessidade de intervenções mais frequentes.

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